Você entra no carro e já se sente no cockpit de um avião. Primeiro ajusta o banco, revestido de couro ultramacio, para encontrar a melhor posição de dirigir. Se estiver estressado, pode ligar a função massagem, que pressiona a lombar de uma maneira prazerosa – só não vale relaxar demais e perder a concentração no trânsito.
Então, por meio de botões no console de teto (sim, no teto!), acerta a inclinação e a nitidez do head-up display, uma lâmina transparente que fica diretamente no campo de visão do motorista para mostrar informações como velocidade, parâmetros do regulador ou do limitador de velocidade e dados do sistema de navegação. Quer mais claridade no interior da cabine? Abra o seu teto solar. O seu, porque são três: um para o motorista, outro para o passageiro da frente, e o último para o banco traseiro.
Também é possível configurar o sistema de entretenimento pelo joystick no console central, que agrupa na tela as funções ligadas ao GPS, ao som e aos comandos de telefonia Bluetooth, entre outros. Tudo alojado no painel onde dominam materiais nobres, pontuados por alumínio e madeira, que elevam a sofisticação interna.
Agora você está pronto para dar a partida e sair. Mas que graça tem virar a chave na ignição? Com um simples pressionar de botão, o motor desperta com um rugido, numa leve demonstração dos 165 cv de potência. Esse, meu amigo, é o Citroën DS5.
Inicialmente o DS5 estava programado para chegar ao Brasil no primeiro semestre de 2013, junto com o DS4, mas graças ao InovarAuto a marca francesa conseguiu faturar os carros neste mês. Por isso já é possível encontrá-lo nas concessionárias. O DS4 está previsto para março.
Equipado com motor 1.6 16V turbo com injeção direta de gasolina, que entrega 165 cv e torque (força) de 24,5 kgfm (o mesmo do DS3, desenvolvido em parceria com a BMW) e câmbio automático sequencial de seis marchas, o veículo é bem divertido de dirigir. Mas pode ser meio lento em algumas situações devido aos seus quase 1.500 kg, como retomadas de velocidade. Nada que uma pisada mais enérgica no acelerador não resolva.
É difícil definir em que categoria se encaixa o modelo. Ele parece uma mistura de hatch e perua, um cupê com posição elevada de dirigir e quatro portas… A Citroën fala em crossover, mas sua inspiração vem mesmo dos shooting brakes, que ficaram famosos no início do século passado e voltaram à moda nos últimos anos. De qualquer forma, o design chama bastante a atenção, com traços ousados, linha de cintura alta e a frente bicuda, marcado pela inegável genética francesa.
Por isso mesmo não é tarefa simples definir seus concorrentes; mais fácil falar em preço ou em perfil de consumidor, nesse caso, por isso o DS5 vai disputar mercado com veículos premium como Audi A4, BMW Série 3 e X1, Mercedes-Benz Classe C, Hyundai Azera, Ford Fusion, Volvo S60 e Volkswagen Passat, por exemplo.
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